Na Ásia, traficantes se passam por missionários para explorar vítimas

  • 11/04/2025

Traficantes humanos no sudeste da Ásia têm se passado por missionários a fim de atrair vítimas e passarem despercebidos pelas autoridades nas fronteiras

Da redação, com Vatican News

Foto: anankkml/ GettyImages

Investigações revelam que traficantes estão cada vez mais se passando por missionários ou peregrinos para enganar as autoridades e evitar serem detectados nas fronteiras internacionais. De acordo com reportagem da Agência de Notícias Fides, do Vaticano, essa tática emergente envolve vítimas e traficantes se disfarçando de missionários cristãos ou voluntários envolvidos em atividades religiosas no exterior.

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Operações policiais, apoiadas por grampos e investigações coordenadas, revelaram diversos casos que utilizam esse “disfarce religioso”. Um desses casos envolveu três mulheres filipinas — de 23, 25 e 50 anos — que tentavam embarcar em um voo para Singapura com escala na Tailândia.

Elas alegaram ser “missionárias”, “voluntárias pertencentes à Igreja Católica, para o trabalho missionário na Tailândia”. No entanto, as autoridades apontaram inconsistências em seus documentos.

Após um interrogatório mais detalhado, foi revelado que a mulher mais velha, que se dizia “pregadora”, era, na verdade, organizadora de uma operação de tráfico de pessoas.

As duas mulheres mais jovens, segundo a polícia, foram atraídas com a promessa de “um emprego como professoras”, mas, sem saber, acabaram se envolvendo em uma rede criminosa de tráfico sexual.

A polícia descreveu um método em que “um viajante comum, agindo como contrabandista, acompanha grupos de passageiros sob falsos pretextos, que se tornam vítimas de tráfico”.

A ação da polícia

Agências de segurança em todo o Sudeste Asiático — incluindo Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia e Camboja — intensificaram operações conjuntas para combater essas redes.

Prisões foram feitas contra vítimas de tráfico sob o pretexto de viagens religiosas.

O Departamento de Imigração das Filipinas, em seu relatório do final de 2024, documentou 998 casos de tráfico de pessoas.

A agência destacou que os esquemas frequentemente incluem “peregrinações falsas, casamentos arranjados e barrigas de aluguel” e observou que muitas vítimas são alvos por meio das mídias sociais.

Uma vez recrutadas, as vítimas são frequentemente forçadas a “trabalho escravo nas chamadas ‘cidades fraudulentas’ na Tailândia, Camboja e Mianmar”.

Nas Filipinas, a Fundação Católica PREDA (Recuperação, Empoderamento e Assistência ao Desenvolvimento do Povo), fundada pelo missionário irlandês Padre Shay Cullen, há muito tempo denuncia esquemas de tráfico que exploram mulheres jovens.

De acordo com a PREDA, as vítimas “foram atraídas por falsas ofertas de emprego bem remuneradas e transportadas para a Birmânia, onde enfrentaram ameaças e abusos e foram forçadas a trabalhar em condições análogas à escravidão”.

O Movimento Inter-religioso Filipino Contra o Tráfico de Pessoas (PIMAHT), composto por líderes de comunidades cristãs, muçulmanas e budistas, elogiou a repressão do governo e prometeu colaboração contínua para prevenir o “tráfico de crianças e a exploração sexual”.

Padre Bryand Restituto, Assistente do Secretário-Geral da Conferência Episcopal Católica das Filipinas, condenou veementemente essas práticas enganosas.

“Condenamos veementemente indivíduos e redes de tráfico que exploram populações vulneráveis ​​e usam linguagem, vestimenta e supostas práticas religiosas para cometer atos criminosos”, afirmou.

Na Tailândia, a Irmã Marie Agnes Buasap, das Irmãs Hospitaleiras de São Paulo de Chartres e coordenadora da rede Talitha Kum Tailândia, está entre as que lideram os esforços de combate ao tráfico.

A Talitha Kum promove a conscientização entre jovens, famílias e educadores e apoia a reintegração de sobreviventes.

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FONTE: https://noticias.cancaonova.com/mundo/na-asia-traficantes-se-passam-por-missionarios-para-explorar-vitimas/


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