Domingo de Ramos: padre explica o que fazer com os ramos da procissão
- 12/04/2025
Fiéis costumam levar para casa os ramos abençoados e usados na solenidade; confira orientações da Igreja sobre esta “tradição”
Kelen Galvan
Da redação

Foto: Canva Pro
A Celebração do Domingo de Ramos, também conhecido de “Domingo da Paixão”, dá início à Semana Santa, a mais importante para a fé católica. Neste dia os fiéis recordam a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (cf. Jo 12,13), quando foi recebido por uma multidão que o saudou com ramos de palmeiras, e a liturgia apresenta o relato da Paixão do Senhor (cf. Lc 23,1-49).
“Antigamente os ramos eram usados para saudar o rei que vinha vitorioso de uma batalha, as pessoas saiam às ruas com ramos de oliveira e panos (esses colocados nas ruas por onde passaria o rei)”, explica o sacerdote da Comunidade Canção Nova, padre Antônio Justino Filho, mais conhecido como padre Toninho.

Padre Toninho / Foto: Arquivo Pessoal
Uma tradição popular desta celebração é o costume dos fiéis levarem para casa os ramos abençoados e usados na procissão. Não há nenhum impedimento neste costume, contudo o Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia destaca que é necessário que o real significado desta celebração seja compreendido.
“O que realmente importa é a participação na procissão e não apenas a obtenção da palma ou do ramo de oliveira; estes não devem ser guardados como amuleto, ou apenas para fins terapêuticos ou apotropaicos, ou seja, para afastar maus espíritos ou desviar os danos que causam nas casas e nos campos, o que poderia ser uma forma de superstição” (cf. Diretório de Piedade Popular e Liturgia, nº 139).
O documento enfatiza que os ramos devem ser preservados “acima de tudo como testemunho de fé em Cristo, o rei messiânico, e em sua vitória pascal” (idem).
Padre Toninho explica que os ramos abençoados que são deixados na Igreja, após a celebração, são guardados e, posteriormente, quando estiverem secos serão queimados, e suas cinzas usadas na Quarta-feira de Cinzas do ano seguinte.
O sacerdote orienta que os fiéis que levarem ramos abençoados para casa não os descartem de qualquer jeito. “Podem ser queimados”, afirma padre Toninho. Aqueles que preferirem, podem levar os ramos secos para a Igreja mais próxima para serem queimados.
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